O Contrato de CONSULTORIA E ASSISTÊNCIA PARA O CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DAS OBRAS DA “NOVA AUTOESTRADA GC-1.TRECHO: PUERTO RICO – MOGÁN”, CHAVE: CV-01-GC-238 é adjudicada à SISTEMA, S.A. em Joint Venture com a GEOCONTROL, S.A. O contrato foi assinado em 14 de novembro de 2007. As obras começaram em 2 de outubro de 2008, sendo executadas pela Joint Venture formada pelas empresas FCC CONSTRUCCIÓN S.A. – CORSÁN-CORVIÁM S.A. – PETRECAN S.L., com o prazo de 53 meses e um orçamento de 122.799.099,30 €.
Esta obra é um trecho da Rodovia, especificamente o prolongamento da GC-1 em aproximadamente 6,25 Km. Esta infraestrutura aumenta a mobilidade interna na ilha de Gran Canaria, facilitando o acesso entre populações costeiras e a locais turísticos tais como áreas residenciais e praias. Por sua vez, evita o tráfego pela estrada GC-500, de baixa capacidade, percorre ao longo da costa atravessando áreas turísticas e com um considerável risco de acidentes no trecho que interliga Puerto Rico com Mogan, devido às suas curvas perigosas e a contínua possibilidade de deslizamentos de terra.
O trecho inicia no entroncamento realizado com a fase anterior, Arguineguín-Puerto Rico, dentro do túnel de El Lechugal no Km 61, onde inicia a continuação da autoestrada até a PK 67 no Barranco de Mogan, terminando em uma ligação completa que se conecta com a estrada GC-200.
A seção transversal da rodovia compreende duas pistas com duas faixas de 3,5 m cada, berma direita de 2,5 m e berma esquerda de 1 m.
Os elementos mais significativos das obras executadas são descritos a seguir:
- Ligações
- São previstas três ligações em diferentes níveis. A primeira está localizada no barranco de El Lechugal, na área onde termina o trecho da rodovia anterior e tem forma de trombeta, permitindo todos os movimentos.
- A segunda no barranco de Taurito, também terá a forma de trombeta e permitirá somente o movimento no sentido de Puerto Rico – Taurito e vice-versa, devido à estreiteza do barranco e o pouco espaço entre as bocas dos túneis.
- Por fim, a Ligação de Mogán, no final do trecho, permitirá a conexão com Mogán e com o Porto através dos ramais do viaduto que se interligam em diferentes níveis com a estrada existente.
- Túneis
- Devido ao terreno acidentado que deverá ser atravessado, foram executados quatro pares de túneis, unindo os pares de túneis intermediários (previstos no projeto original) entre o barranco de Tauro y Taurito, em apenas um par de aproximadamente 2.500 m cada tubo, denominado de Túnel de Taurito. Os restantes pares de túneis executados representam, juntamente com o de Taurito, uma extensão total de 9.547 m dos 12.600 m totais (6.300 por sentido), o que significa aproximadamente 75% do traçado em túnel.
- Estruturas
- Foram executados dois viadutos que representam por volta de 5% da extensão total. Ambos os viadutos são formados por duas estruturas paralelas denominadas “Lado Mar” (L.M.) e “Lado Terra” (L.T.), correspondentes a cada uma das pistas previstas, com longitudes de 170 m e 160 m, respectivamente, no Viaduto de Tauro e de 312 m e 331 m no Viaduto de Mogán. A altura da rasante sobre o terreno situa-se em torno de 15 metros, em ambos os viadutos, de forma que a solução construtiva adotada foi através de cimbre tradicional.
- Drenagem
- Barranco de El Lechugal: É definida uma canalização prévia em escada de seção trapezoidal que vai estreitando-se progressivamente até encontrar a ODT de 6×4, conectada, prevista para dar vazão a um fluxo de aproximadamente 67 m3/s.
- Barranco de Candelaria: Também é definida uma canalização prévia em escada. Além disso, devido à localização soterrada da ODT de 3×2 m, tornou-se necessária a criação de um açude para as águas acima da ODT para canalizar e uniformizar o regime hidráulico, para um fluxo por volta de 21 m3/s.
- Barranco de Taurito: Devido ao superdimensionamento da ODT, não é necessária uma canalização como nos casos anteriores. Mesmo assim foi projetada uma, de pequenas dimensões, devido a condições estéticas, prevendo-se um fluxo de aproximadamente 57 m3/s.
- Barranco de Mogán: Com objetivo de melhorar as condições ambientais e hidráulicas do barranco é executada uma canalização com tipologia de “canal aberto”, sobre o Viaduto de Mogán, substituindo a estrutura tricelular inicialmente prevista, podendo dar uma vazão calculada em aproximadamente 318 m3/s.
- Instalações
- Foram executadas diferentes instalações, entre elas, a iluminação interior de túneis, ventilação, contra incêndio, 6 centros de transformação, com alternativa de 6 grupos de geradores, instalações de segurança para túneis: instalação sonora, poste SOS, detecção de incidências, adequação do centro de supervisão e comunicações.
- Assim que o projeto foi adaptado à nova regulamentação de EFICIÊNCIA ENERGÉTICA que entra em vigor e foram modificados diversos critérios de projeto de instalação da ventilação e iluminação, é conseguida uma potência total instalada de aproximadamente 6.800 KW.